Live Earth: os problemas ambientais

Ambiente Global
A constante alteração a nível global dos equilíbrios do planeta, resultante da destruição da camada de ozono, do aumento do chamado "efeito de estufa", da perda constante de biodiversidade (conjunto dos seres vivos - fauna e flora) e da visão da Terra como um ser vivo, tem conferido cada vez mais uma dimensão planetária às questões ambientais.
Já nos anos 70, a Conferência de Estocolmo (Suécia) e o Relatório Meadow tinham feito um diagnóstico da situação ambiental mundial: "(...) de facto, para além do efeito de estufa, da degradação da camada de ozono, da erosão dos solos, do esgotamento dos recursos fósseis ou da diversidade biológica, do desequilíbrio demográfico, é a inter-relação entre estes problemas que torna difícil a sua solução (...)".
No entanto, nas duas últimas décadas nada se avançou no combate ou na atenuação dos problemas ambientais, a não ser na apreensão da globalidade das apostas ambientais.
As problemáticas das questões ambientais e do crescimento económico põem em jogo todo um conjunto de relações entre os diversos países, quer sejam desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Porém, os problemas ambientais não se podem colocar nos mesmos termos em relação a estes dois conjuntos de países.
Nos países menos desenvolvidos, os problemas ambientais estão, na sua maioria, associados ao subdesenvolvimento, ou seja, à situação precária em que os mesmos se encontram a vários níveis, nomeadamente o da sobrevivência das suas populações e do desconhecimento generalizado dos seus habitantes quanto às questões relacionadas com a natureza.
Nos países mais pobres a questão fundamental não é um problema de qualidade de vida mas, essencialmente, de sobrevivência de uma grande percentagem da população. Na maioria destes países o problema ambiental está muito relacionado com a crise política e económica dos mesmos. Para a esmagadora maioria das suas gentes, que vivem cada dia como uma luta pela sobrevivência imediata, não parece ter qualquer sentido falar-lhes de ecossistemas, biodiversidade, degradação do meio ou destruição da camada de ozono. Para estas pessoas, que vivem muitas vezes com menos de 2 euros por dia e que lutam duma forma angustiada e sem esperança pela sua sobrevivência, de facto não tem nem faz sentido falar-se das questões do meio ambiente. Note-se ainda que estas pessoas são na sua maioria analfabetas e desconhecem no geral todos os luxos habituais do mundo desenvolvido.
Nestes países os principais problemas ambientais são:
--> poluição constante das águas, provocada essencialmente por esgotos e lixos domésticos;
--> poluição atmosférica resultante da utilização de tecnologias obsoletas;
--> aumento constante da insalubridade;
--> destruição de florestas, essencialmente as florestas tropicais como a Amazónia, e da vida selvagem, muitas vezes utilizada para satisfação de luxos de uma pequena minoria abastada e sem qualquer preocupação com estas questões do ambiente;
--> delapidação dos recursos minerais
--> acumulação de resíduos tóxicos oriundos dos países mais ricos.
Nos países desenvolvidos (industrializados), os problemas do meio ambiente estão, essencialmente ligados à poluição resultante da forte industrialização.
Os principais problemas ambientais destes países são:
--> emissões constantes de dióxido de carbono para atmosfera;
--> lixos urbanos;
--> sobreexploração dos recursos naturais;
--> a elevada poluição provocada pela indústria e pelos transportes;
--> diminuição galopante de espaços verdes, provocada, por exemplo, por construções e por incêndios;
--> aumento progressivo do número de espécies em vias de extinção muitas vezes utilizadas para capricho e luxo de uma pequena minoria abastada e aparentemente sem qualquer tipo de preocupação com as questões ambientais.
Os vários modelos de desenvolvimento dos chamados países do "Norte" - países desenvolvidos-, têm ocasionado danos, por vezes irreparáveis, nos ecossistemas.
Porém, muitos destes países têm, igualmente, incentivado os maiores progressos da ciência e da técnica.
Nestes países, o que está em perigo é a qualidade de vida, pelo que a sua atenção se centra nos aspectos mais globais cujos efeitos já se fazem sentir e que se farão sentir ainda mais a longo prazo (como por exemplo a destruição e diminuição da camada de ozono, a contaminação dos mares e o aquecimento global, entre outros).
A solução destes importantes problemas e de outros, está sem dúvida na mão deste grupo de países, pois são eles que dispõem de maiores recursos económicos e científicos-técnicos para poderem enfrentar estes enormes desafios.
Neste início do 3º Milénio vislumbram-se duas grandes tendências com um forte impacto no meio ambiente.
A primeira grande tendência relaciona-se com a forte ameaça que o ecossistema global está a sofrer com os consequentes desequilíbrios.
Note-se que enquanto grande parte da humanidade vive na pobreza, uma minoria incrementou, de forma dramática, os seus níveis de consumo.
Este grande fosso existente entre ricos e pobres constitui uma enorme ameaça à estabilidade do sistema humano global e do meio ambiente.
A segunda grande tendência respeita à mudança global e local que ocorre a um ritmo acelerado enquanto que a capacidade para dirigir a mudança ambiental está seriamente atrasada, quando comparada com o desenvolvimento económico e social.
De facto parece existir uma globalização dos problemas ambientais mas, não há uma gestão global eficiente dos recursos e dos problemas ambientais.
A sustentabilidade do meio ambiente é uma preocupação urgente: é necessário que os governos nacionais e a comunidade internacional ponham em marcha intervenções especiais para ordenar o meio ambiente, fomentar mudanças estruturais e incorporar as questões do meio ambiente em todas as políticas sectoriais.
Exemplos de catástrofes naturais cujos efeitos têm sido cada vez mais devastadores devido aos desequilíbrios do planeta:
Tempestades Tropicais: as alterações climáticas, nomeadamente o aumento da temperatura, Têm provocado maior frequência e violência das tempestades tropicais.
Apesar de os satélites permitirem a sua detecção, nem sempre é possível realizar atempadamente a evacuação das populações.
Inundações: embora as cheias sejam consequência de um fenómeno natural, a intervenção do ser humano na Natureza tem agravado este problema. A desflorestação, o desenvolvimento industrial e o crescimento urbano diminuem a infiltração da água no solo. Por outro lado, a construção em áreas de leito de inundação torna-as mais sujeitas a inundações quando ocorre chuvas intensas.
Secas: alguns cientistas afirmam que as secas podem ser um dos reflexos do início de uma alteração profunda do clima mundial. As secas prolongadas podem originar o avanço dos desertos, ou seja, provocam a desertificação, que tem como consequência a fome ou mesmo a morte dos seres vivos. São as regiões de clima tropical seco e as regiões de clima temperado mediterrâneo as mais afectadas pelos períodos de seca prolongada.
Temperaturas extremas: as mudanças bruscas da temperatura podem ocasionar vagas de calor ou de frio. A intensidade e a frequência de vagas de frio e de calor são o resultado das anomalias climáticas.
Avalanchas de neve e de gelo: são cada vez mais frequentes e resultam igualmente do aumento da temperatura global.
Subida do nível médio das águas do mar: outra das consequências do aquecimento global.
Incêndios: cada vez mais propícios nas épocas de mais calor e menos humidade atmosférica.
Veja também: (Clique aqui)

2 comentários:

  1. Pow mt Bom Esse Texto falando Sobre aquecimento global gsotante bastante desse trabalho...
    Vou tirar um 10 no meu resumo sobre aquecimento global brigadao ai...

    e-mail:daniel_bhp@hotmail.com

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  2. parabéns pelo seu trabalho, gostei muito tá ? é só no ctrl+c, ctrl+v ! está de parabéns o site, as figuras, o texto TUDO MUITO BOM ! (: beijos :*

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