Enfarte do miocárdio

O que é o enfarte do miocárdio
O enfarte do miocárdio dá-se quando a irrigação sanguínea do músculo cardíaco diminui ou é suprimida após a oclusão de uma ou mais artérias coronárias. O coração, sem oxigénio, morre.
O enfarte do miocárdio é uma doença que na Europa afecta por ano quase um milhão de pessoas e em 1/3 dos casos leva à morte.
Se o enfarte afectar somente uma zona muito limitada do músculo cardíaco, as consequências não são graves. Às vezes não há sintomas: neste caso o enfarte diz-se silente. Se a lesão do músculo cardíaco for muito grande pode provocar a morte ou uma deficiência (cuja gravidade é variável).
Sintomas do enfarte do miocárdio
O primeiro sintoma do enfarte do miocárdio é a dor:
--> dor espontânea ou provocada por esforço, emoção, stress;
--> dor leve ou sensação de opressão ou de aperto no peito, de ardor ou de inchaço;
--> dor no meio do peito que se estende em direcção das costas, do queixo ou do braço esquerdo;
--> perturbações do ritmo cardíaco (arritmia), palpitações;
--> suor frio, enjoo, vómito, ansiedade ou dificuldade na respiração podem acompanhar a dor.
Qualquer sintomas de enfarte do miocárdio exigem o internamento imediato.
Qualquer demora pode afectar a sobrevivência.
Causas do enfarte do miocárdio
São muitas as razões que contribuem para aumentar o risco de ser acometido por enfarte do miocárdio:
--> idade;
--> precedentes familiares de enfarte em idade precoce;
--> sexo masculino;
--> colesterol alto;
--> hipertensão;
--> diabetes;
--> obesidade,
--> fumo.
O enfarte do miocárdio é quase sempre causado pela formação de um coágulo de sangue que obstrui uma artéria coronária. Trata-se neste caso de uma trombose coronária. É mais raro acontecer que o estreitamento ou a contracção temporária de uma artéria coronária possa provocar um enfarte.
Tratamento do enfarte do miocárdio
Quando consultar um médico?
Na presença de quaisquer sintomas assinalando o início de um enfarte, consulte um médico imediatamente. Se não o encontrar, dirija-se com a maior urgência para o pronto socorro do hospital mais próximo.
O que faz o médico?
O médico faz um exame clínico completo e manda fazer um ou mais electrocardiogramas para medir a função e o ritmo cardíacos. Manda fazer também um exame do sangue para medir as enzimas expelidas durante o enfarte.
Qual o tratamento para o enfarte do miocárdio?
Até alguns anos atrás o tratamento consistia simplesmente em aliviar a dor, subministrar remédios que servissem para regularizar o ritmo cardíaco e, se necessário, fazer uma reanimação cardíaca com estimulações eléctricas (com desfribilador) ou químicas.
Hoje em dia os remédios mais avançados são substâncias que conseguem não só evitar a formação de coágulos mas também derreter rapidamente os que provocam a maioria dos enfartes. A eficácia dessas novas substâncias depende da rapidez da sua subministração; para reduzir o risco de lesões musculares graves devem ser tomadas, no mais tardar, dentro de três horas a partir do momento do início da crise.
O que fazer por si só?
Consultar um médico o mais rapidamente possível: toda e qualquer demora pode causar a morte. Chamar, no caso de urgência, uma ambulância.
Qual a evolução do enfarte do miocárdio?
As células do músculo cardíaco que, devido à interrupção do afluxo do sangue ficam sem oxigénio, começam a morrer.
Um enfarte leve dura menos de uma hora e não tem consequências graves. Um tratamento apropriado faz com que o músculo cardíaco recupere a sua função com sequelas que podem ser insignificantes.
As crises mais graves destroem uma área relevante provocando uma deficiência permanente ou até mesmo a morte.
As consequências de um enfarte, mesmo se não for muito grave, podem ser muito sérias: ritmo cardíaco acelerado e irregular impedindo o coração de desenpenhar a sua tarefa vital: bombear o sangue.
Porém, 50% das pessoas afectadas por enfarte do miocárdio voltam a ter uma vida normal após poucos meses. Tomar regularmente doses mínimas de aspirina reduz o risco de recaída e de complicações.
Como evitar o enfarte do miocárdio?
--> deixar de fumar;
--> manter o peso normal para o próprio físico;
--> alimentação com pouca gordura animal;
--> actividade física regular mas sem excessos;
--> manter no nível normal a tensão arterial, o colesterol, a glicemia.
Nota: Não esqueça que uma em cada três pessoas acometidas por enfarte pode morrer.

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Cancro/Câncer: sinais de alarme

Sinais de alarme de um tumor
Nos países do mundo ocidental, o cancro é a segunda causa de morte.
Mesmo permanecendo uma doença grave, houve grandes avanços no seu tratamento. No início do Século XX as possibilidades de sobreviver mais de cinco anos após o tratamento eram escassas. Na década de quarenta, eram de 25%; actualmente são mais de 40%. A percentagem poderá atingir os 50% se a descoberta do tumor for mais precoce.
No tumor, o diagnóstico precoce é fundamental. Depende sobretudo em saber reconhecer alguns sinais premonitórios.
No primeiro estágio, a maioria dos tumores não são dolorosos e não têm outros sintomas que possam levar a pensar numa doença; ao contrário, há sinais indefenidos que levam a interpretações erradas. Por conseguinte, emagrecimento, fadiga, mal-estar geral, podem acompanhar o tumor, mas também outros tipos de doenças.
Os oncologistas detectaram sete sinais de alarme típicos do tumor:
--> mudança nos hábitos de funcionamento do intestino ou da micção;
--> ferida que não sara;
--> hemorragia ou secreção não justificadas;
--> endurecimentos ou nódulos na mama ou noutra parte;
--> problemas na digestão ou deglutição difícil;
--> alterações evidentes de um sinal ou de uma verruga;
--> tosse ou rouquidão persistentes.
ATENÇÃO: Os estudos apontam para pessoas que após terem notado alguns sinais de alarme, às vezes esperam meses ou anos antes de consultarem um médico. Na origem deste comportamento perigoso está o medo e a recusa da doença. Pode acontecer que os sinais não tenham um significado, mas no caso de um tumor, as curas precoces aumentam em muito as possibilidades de sobrevivência.
Sinais de alarme dos principais tumores
Melanoma e cancro/câncer da pele
Alteração das dimensões ou da cor de um sinal, com escurecimento da pigmentação, descamação, secreção, dores e coceira.
Cancro/Câncer do cólon e do recto
Sangramento do recto, sangue nas fezes e mudança nas funções do intestino são os sinais mais frequentes.
Cancro/Câncer da bexiga
Sangue na urina e estímulo de urinar frequentemente.
Cancro/Câncer da próstata
Os sinais mais característicos são um jacto de urina escasso ou "interrompido", "dividido", salpicado e uma dor como uma pontada na parte inferior das costas, na bacia e no ânus.
Cancro/Câncer da mama
Os sintomas são vários. Os mais frequentes: nódulo, engrossamento, edema ou outras alterações, ao tacto, do tecido das mamas; secreção ou retracção do mamilo e enrugamento da pele do seio.
Leucemia e línfoma
O tumor do sangue e do sistema linfático caracteriza-se por: fadiga, palidez, emagrecimento, infecções repetidas, hematomas, gânglios linfáticos engrossados, transpiração nocturna e febre.
Cancro/Câncer do pâncreas
Não existem sinais, salvo uma dor prolongada no abdómen e problemas de digestão.
Cancro/Câncer da garganta, da laringe
Uma chaga na boca que não sara, que sangra com facilidade, a presença de uma bolinha na garganta, rouquidão, dificuldade de engolir ou mastigar: são todos sinais de alarme.
Cancro/Câncer do pulmão
Tosse persistente, sangue no cuspe, dor no tórax, pneumonias e bronquites reincidentes são os principais sintomas.
Cancro/Câncer do útero ou do colo do útero
É necessário que a mulher se preocupe no caso de sangramento vaginal não ligado à menstruação e no caso de corrimento vaginal anormal.
IMPORTANTE:
--> na presença de quaisquer sinais de alarme, consulte imediatamente um médico. Após uma certa idade, aconselham-se controles preventivos periódicos. As mulheres devem fazer com regularidade um Papanicolaou; depois dos 40 anos, recomenda-se uma mamografia a cada três anos ou menos se houver precedentes familiares. Os homens, após uma certa idade, devem examinar a próstata. Os controles são necessários, para homens e mulheres, a partir dos 40-50 anos.
--> alguns factores, tais como fumo ou contaminação aumentam o risco de tumores "profissionais". Nestes casos tornam-se necessários controles regulares. Doenças como pólipos do cólon aumentam o risco de tumor.
--> prestar muita atenção aos primeiros sinais de alarme é fundamental pra um diagnóstico precoce do tumor. É necessário, portanto, controlar as alterações da pele, das mamas, dos testículos. O controlo do sangue nas fezes pode ser realizado em casa, comprando na farmácia o kit para diagnóstico. O controlo é recomendado a partir dos 50 anos de idade.

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Incontinência Urinária: sem tabus

Termine com os seus medos/receios...
Incontinência urinária, o que é?
A incontinência, ou micção involuntária, é muito comum. A forma mais usual é a incontinência de stress, em que escorre uma pequena quantidade de urina quando há um aumento da pressão abdominal, como quando se tosse, ri ou espirra. Na incontinência total, a bexiga esvazia-se por completo.
Tipos/causas de incontinência urinária
Ter perdas de urina é mais comum do que se imagina. Calcula-se que mais de 30% das mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 49 anos possam ter perdas de urina ligeiras em determinado momento da sua vida.
Na maioria dos casos, tal deve-se a um enfraquecimento dos músculos pélvicos, nomeadamente do esfíncter urinário, provocado pela gravidez, pelo parto ou por alterações hormonais durante a menopausa, pois a falta de estrogénios pode diminuir a flexibilidade do tónus muscular.
Acontece a cerca de 50% das mães primíparas (que tiveram o primeiro parto), percentagem que aumenta para 80% a partir da segunda gravidez.
A possibilidade de este problema ocorrer é também condicionada pelo tipo de parto: calcula-se 23,1% de risco num parto normal e 15,4% numa cesariana. Outros factores são o próprio envelhecimento e a obesidade, ou doenças como uma infecção urinária, cálculos na bexiga, depressão, ansiedade ou ira, descontrolo mental, lesões cerebrais ou na espinal medula, bexiga irritável, entre outras.
Tipos/causas de incontinência urinária
Fala-se de incontinência urinária quando há uma perda involuntária de urina que é suficientemente frequente ou intensa para se tornar um problema social ou de higiene.
Há vários tipos (as três mais comuns são a provocada por esforço ao tossir, espirrar, levantar objectos pesados, rir, correr, etc.; a bexiga hiperactiva, causada por contracções musculares inadequadas durante a fase de armazenamento, e um misto destas duas situações), pelo que é muito importante fazer um diagnóstico correcto para aceder ao tratamento mais adequado a cada caso. No entanto, por medo e sobretudo por constrangimento, muitas pessoas não se queixam e ocultam o seu mal não só do médico como, inclusive, da família.

Nota: O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. Normalmente a bexiga enche-se de urina e depois envia sinais nervosos ao cérebro para a pessoa ficar a saber que necessita de urinar.

Soluções possíveis/prevenção
A solução começa, pois, por estar nas suas mãos: não tenha vergonha nem se esconda. Fale com um especialista, e, em conjunto, encontrarão a melhor maneira de resolver a questão.
Aguentar a vontade de ir à casa de banho, usar roupa muito justa, pegar em sacos de compras pesados, determinados desportos, como os que exigem saltos bruscos... estes costumes e actividades quotidianas podem favorecer o aparecimento de perdas de urina.
Para preveni-las, atenuá-las e, inclusive, contribuir para o seu desaparecimento, convém fortalecer os músculos pélvicos, praticando os chamados exercícios de Kegel, uns movimentos muito fáceis que podem executar-se em qualquer altura, lugar e posição (deitada, sentada ou de pé). Consistem, simplesmente, em contrair e relaxar os músculos pélvicos em séries de cinco minutos, como se quisesse interromper a micção. Embora estes exercícios não curem a incontinência, entre 50 a 75 por cento dos pacientes relatam melhorias substanciais nos seus sintomas
A eficácia dos exercícios de Kegel pode, no entanto, ser aumentada recorrendo a técnicas de biofeedback, que ajudam a isolar o pavimento pélvico e os músculos da bexiga e a conseguir a intensidade apropriada de contracção e relaxamento. Para isso utiliza-se uma sonda vaginal ou rectal, que a própria paciente insere, e que irá enviar informação para um equipamento de monitorização permitindo assim avaliar a contracção dos músculos pélvicos e o relaxamento da bexiga e dos outros músculos abdominais, e deste modo adequar os exercícios.
Outras medidas simples a adoptar para controlar a bexiga são: urinar com intervalos regulares (por exemplo, a cada duas ou três horas); evitar bebidas e alimentos irritantes, como as bebidas gaseificadas, o café ou o álcool, os frutos ácidos, o tomate, as comidas muito condimentadas, o chocolate ou o leite, e beber muita água (entre seis a oito copos por dia).
Também é importante adquirir bons hábitos, como manter uma alimentação saudável, evitar o excesso de peso e a prisão de ventre.
Um pequeno truque: cruzar as pernas. Recorrer a este gesto tão simples antes de tossir ou de espirrar pode ajudar a controlar a incontinência urinária.
Absorventes: existem produtos específicos para as perdas de urina idealizados e fabricados com as tecnologias e materiais mais apropriados. Encontrá-los-á de diferentes tamanhos e graus de absorção, para se adaptarem às necessidades de cada mulher e contribuírem para que a sua vida continue a ser a mesma. Porém, não se conforme apenas com um absorvente discreto e cómodo, que evite a humidade e neutralize o odor. Procure um que também a ajude a proteger e a cuidar da pele.
Nos casos mais graves: quando os tratamentos não cirúrgicos falham, a incontinência é intensa e se o doente o desejar, pode recorrer-se à cirurgia. Há várias técnicas, consoante a gravidade do problema, mas uma que costuma resultar é a injecção de uma substância fortalecedora nos músculos do colo vesical.
Ocasionalmente, pode tornar-se necessária a cirurgia para remoção de uma obstrução ou para alargar ou alongar a uretra.
A incontinência resultante de infecção é tratada com antibióticos.
A bexiga irritável pode set tratada com drogas anticolinérgicas.
Outros tratamentos complementares
Fitoterapia ocidental: o tratamento ajuda a melhorar o tónus dos músculos da bexiga e estimula um melhor esvaziamento da mesma.
Fitoterapia chinesa: o tratamento resulta melhor combinado com a acupunctura; os remédios incluem adstringentes e tónicos para os rins.
Outras terapias: um naturopata sugere exercícios para os músculos pélvicos, banhos de decúbito, nutrição aplicada e remédios de ervas.
Um reflexologista visa o sistema urinário, zona inferior da coluna, a pélvis e os rins.
Um hipnoterapeuta trata a incontinência através da regressão da idade e programação neurolinguística.
O relaxamento e a visualização conseguem por vezes a cura total.
A acupunctura ajuda os doentes mais idosos.
Nota: Cerca de 40% das mulheres na menopausa sofrem de perdas de urina porque a falta de estrogéneos pode diminuir a flexibilidade do tónus muscular.

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Turismo em Portugal

A evolução da actividade turística
Até às primeiras décadas do Século XX, o turismo era quase exclusivo das classes sociais privilegiadas. Porém, após o fim da Segunda Guerra Mundial, o turismo tornou-se cada vez mais acessível à generalidade das populações, sobretudo nos países desenvolvidos, sendo actualmente um verdadeiro fenómeno social de massas, ao movimentar quase 850 milhões de pessoas.
O aparecimento do turismo como fenómeno de massa e o seu reconhecimento como uma actividade de grande importância económica surge, como já foi referido, nos anos posteriores à Segunda Grande Guerra Mundial. De entre os factores que mais contribuíram para a rápida evolução do turismo destacam-se:
--> o desenvolvimento dos transportes e das vias de comunicação;
--> a diminuição da burocracia nas fronteiras;
--> o aumento dos rendimentos das famílias (melhoria do nível de vida);
--> a generalização do direito ao gozo de férias por todos os trabalhadores;
--> a divulgação de informação sobre novos lugares.
O turismo passou então, num período de cerca de 50 anos, de uma actividade quase desconhecida para uma das principais actividades económicas, uma vez que:
--> é geradora de emprego;
--> estimula a produção de uma enorme variedade de bens (alimentos, equipamentos, etc.);
--> dinamiza os fluxos de capitais;
--> valoriza o património histórico, artístico e cultural das diferentes regiões.
A presença maciça de turistas altera assim, o ritmo tradicional da vida local, mas é geradora de novas actividades económicas e de receitas para uma região/país.
A afluência de turistas a um determinado país está dependente de vários factores como:
--> atractividade e preservação do meio natural;
--> existência de infra-estruturas, equipamentos e divulgação adequada;
--> riqueza do património cultural e artístico;
--> estabilidade política e social.
Tipos de turismo
São várias as motivações e os interesses que tornam possível a existência de diferentes tipos de turismo. Podemos distinguir os seguintes tipos de turismo:
--> turismo balnear (actividade associada à exploração das áreas litorais);
Na figura acima: Praia da Falésia - Algarve
--> turismo cinegético (actividade associada à prática da caça);
--> turismo cultural (actividade relacionada com aspectos culturais, históricos, etnográficos, gastronómicos, visitas guiadas a museus, ...);
--> turismo desportivo (actividade associada à prática de desportos: pesca desportiva, pesca submarina, vela, surf, pára-quedismo, canoagem,...);
--> turismo em espaço rural (engloba modalidades de agro-turismo, turismo de habitação, turismo rural e hotel rural);
--> turismo e montanha (actividade associada à exploração de áreas de montanha, que inclui actividades de esqui, trilhos pedestres, escalada, ...);
--> turismo religioso (actividade relacionada com áreas de interesse religioso ou de peregrinação);
--> turismo termal (actividade baseada na utilização terapêutica das águas termais);
--> turismo urbano (actividade baseada na visita e exploração dos centros urbanos, tanto de cidades antigas como de cidades modernas, incluindo visitas a monumentos, casas, jardins, ...);
--> turismo ambiental (relaciona-se com a descoberta e o contacto com ambientes naturais, com pouca ou nenhuma intervenção humana, onde os habitats selvagens estão bem preservados).
O turismo em Portugal
Até princípios da década de 60, o movimento de turistas em Portugal era bastante modesto. Todavia, a partir de então registou-se um aumento muito significativo, a ponto de o turismo assumir hoje uma importância económica extraordinária em Portugal. Emprega mais de 50 mil pessoas (10% da população activa) e gera receitas cujo valor representa entre 7% e 8% do PIB (Produto Interno Bruto). Acresce que esta actividade representa cerca de 25% do total das exportações de bens e serviços e cobre aproximadamente 50% do défice da Balança Comercial de Portugal.
Portugal está incluído no conjunto dos quinze mais importantes destinos turísticos do mundo, com cerca de 2% dos turistas. No espaço europeu, Portugal ocupa o décimo lugar na captação de visitantes.
O elevado número de turistas em Portugal deve-se, essencialmente a:
--> à grande diversidade e beleza paisagística;
--> à amenidade do clima (temperado mediterrâneo, com Invernos suaves e Verões quentes);
--> à qualidade e genuidade dos atractivos humanos (carácter hospitaleiro do povo português);
--> à existência de infra-estruturas hoteleiras de qualidade/prestígio e com baixos custos;
--> à extensão e beleza da costa portuguesa (1792 Km) com boas e numerosas praias de areia fina e águas de boa qualidade/pureza;
--> à existência de um património arquitectónico, artístico, histórico e cultural rico e diversificado;
--> à qualidade e diversidade gastronómica.
--> ao facto de Portugal ser um destino seguro para aqueles que o visitam.
A costa de Lisboa, o Algarve e a Madeira são as principais regiões turísticas de Portugal.
Apesar da maioria dos turistas que visitam Portugal procure um lazer balnear/recreativo, tem-se assistido, nos últimos anos, a um esforço de diversificação e qualificação de novos produtos turísticos, nomeadamente: o turismo termal; o turismo rural; o turismo activo (desportos náuticos, caça, golfe, etc.); o turismo de negócios e de congressos.
Destaques:
Turismo balnear: desde Viana do Castelo (cidade situada no litoral Norte de Portugal, passando pela costa alentejana (costa ocidental) até ao Algarve (costa sul), Portugal Continental oferece um número imenso de boas praias, muitas delas classificadas com a bandeira azul, símbolo de qualidade. Destacam-se na costa ocidental:Figueira da Foz; Nazaré; S. Martinho do Porto; região de Sintra/Cascais (junto a Lisboa); Costa de Caparica até ao Cabo Espichel passando pela região da Serra da Arrábida, de Sesimbra até Setúbal (todas perto da capital e com acesso rápido); a Península de Setúbal (Troia até à Comporta); Vila Nova de Milfontes e Sines, na costa alentejana; todo o litoral algarvio, desde Lagos até Vila Real de Santo António.
Também nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira se podem encontrar boas praias. Destaca-se a Ilha de Porto Santo (Madeira).
Turismo de montanha e de neve: em Portugal Continental destaca-se a Serra da Estrela e na Madeira o Pico do Areeiro (aqui só esporadicamente com neve).
Na figura acima: Torre na Serra da Estrela.
Na figura acima: Serra da Estrela em Pleno Inverno.
Termalismo: são inúmeras as termas que se podem encontrar em Portugal Continental. Destacam-se as termas de Vidago, Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar) e de São Pedro do Sul.
Turismo em espaço rural: este tipo de turismo engloba várias modalidades como por exemplo: turismo de habitação (solares e casa apalaçadas); turismo rural (casa rústicas particulares);
agro-turismo (explorações agrícolas); casas de campo (casas particulares e casas de abrigo situadas em áreas rurais e com aspecto rústico);
turismo de aldeia (empreendimento composto no mínimo por cinco casas particulares situadas numa aldeia histórica. Destacam-se as aldeias: Marialva, Castelo Rodrigo, Almeida, Castelo Mendo, Linhares da Beira, Sortelha,Piódão, Castelo Novo, Monsanto, Idanha-a-Velha, Trancoso e Belmonte, todas a Norte de Lisboa. No Sul destacam-se as aldeias de: Telheiro, São Gregório, Évora Monte, Flor da Rosa, Pias e Santa Susana.
Turismo de natureza: destacam-se das 24 áreas naturais protegidas de Portugal Continental, as seguintes: Peneda-Gerês e Montesinho, bem ao Norte de Portugal; Serra da Estrela e Serra da Malcata no Centro do país; Estuários do Tejo e do Sado, Vale do Guadiana, no Sul. Nas ilhas, destaca-se o turismo vulcanológico do Arquipélago dos Açores e a Floresta Laurissilva (Reserva Biogenética) da Madeira, classificada como Património Mundial pela UNESCO.
Turismo cultural: são imensos os locais de interesse. Destacam-se aqui, mais uma vez, apenas alguns deles, sem desmérito dos outros locais. Parque Arqueológico do Vale do Côa;
Vale do Douro; cidades classificadas Património Mundial pela UNESCO (Évora, no Sul; Porto, no Norte e Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira - Açores). Destaca-se também todo o património artístico e arquitectónico de muitas cidades e vilas de Portugal. Também na capital - Lisboa - os turistas poderão visitar os inúmeros monumentos e percorrer os circuitos das colinas e dos descobrimentos em eléctricos do início do século XX, com informação gravada em 8 idiomas.
Destacam-se ainda as inúmeras festas e romarias que, principalmente nos meses de Verão, acontecem um pouco por todo o país.
Na figura acima: Festa tipicamente ribatejana (largada de toiros bravos).

Turismo religioso: destaca-se principalmente Fátima, no Concelho de Ourém.

Na figura: Santuário de Fátima. Por tudo isto e muito mais, vale a pena visitar Portugal de "lés a lés".

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SANGUE: exames e principais doenças

As principais funções do sangue:
Fisiologicamente o sangue, através das mais diversas funções, faz com que a vida continue. A circulação distribui as substâncias nutritivas e o oxigénio a todas as células do organismo transportando aos órgãos excretores, tais como rins e pulmões, os resíduos dos processos metabólicos que recebe dos tecidos. O sangue tem um papel extremamente importante nas defesas imunitárias do organismo.
Quando bactérias, vírus ou outros organismos perigosos penetram no corpo os componentes do sangue expulsam rapidamente o intruso. Enfim, o sangue regula a temperatura interna distribuindo o calor em todo o organismo. O sistema de circulação de um adulto possui cerca de 96.000 quilómetros de vasos sanguíneos.
Os componentes do sangue:
Figura 1: Representação dos elementos corpusculares ou figurados (assim chamados pois podem ser vistos ao microscópio) do sangue: plaquetas, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos.
Um organismo adulto contém em média 5 litros de sangue que circulam constantemente. Pouco mais de metade deste sangue constitui-se de plasma, substância formada por 90% de água. Aproximadamente 10% do plasma são compostos por uma miríade de substâncias transportadas pelas células e depois eliminadas: hormonas, vitaminas, minerais, glucose, proteínas, sais e resíduos.
Aproximadamente 45% do volume sanguíneo são formados de três tipos de células com várias funções: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
Os glóbulos vermelhos, ou hemácias, são células em forma de disco e possuem um pigmento no qual se fixa o oxigénio: a hemoglobina. O sangue é muito vermelho quando está repleto de oxigénio. Quando a hemoglobina solta o oxigénio e enche-se de gás carbónico - o produto eliminado através das reacções orgânicas - o sangue torna-se roxo.
Figura 2: Os glóbulos vermelhos são produzidos pela medula óssea, sobretudo no esterno e nas costelas.
A hemoglobina, que contém ferro, é o principal das hemácias.
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são maiores do que os glóbulos vermelhos. Na realidade não são brancos, mas de cor neutra. Existem vários géneros de glóbulos brancos. Os eutrófilos defendem o organismo das bactérias. Os linfócitos executam uma tarefa imunitária: alguns têm uma memória que lhes dá a possibilidade de reconhecer os agentes infecciosos específicos; outros produzem os anticorpos que reagem ao ataque.
Os eosinófilos servem para identificar os alergéneos e outros corpos estranhos.
Os basófilos soltam substâncias que agem como anticoagulantes e ajudam na luta contra a inflamação dos vasos sanguíneos.
Os monócitos absorvem as bactérias.
As plaquetas são as mais pequenas das células sanguíneas e foram assim chamadas devido à sua forma achatada. As plaquetas levam a cabo uma tarefa importante na coagulação. Quando um vaso sanguíneo é lesionado as plaquetas aglomeram-se e aderem às paredes deste vaso. Elas produzem uma substância que atrai outras plaquetas: estas, por sua vez, aglomeram-se para formar um coágulo que estanca a hemorragia.
O funcionamento do sangue:
Figura 3: Função da hemoglobina na circulação sanguínea. Ao circular no organismo as células do sangue distribuem o oxigénio e absorvem o gás carbónico.
Uma simples gota de sangue contém 250 milhões de células produzidas pelo organismo. Os glóbulos vermelhos são produzidos pela medula óssea, um tecido esponjoso que se encontra dentro do osso. Um adulto possui em média 25.000 milhões de glóbulos vermelhos, quantidade suficiente para cobrir um campo de futebol se forem espalhados numa camada única.
Os glóbulos vermelhos são produzidos pernamentemente com um ritmo de 180 milhões por minuto. A maior parte do ferro contido nas hemácias é reciclado dentro da medula óssea e entra na composição da hemoglobina.
São necessários cerca de seis dias para fabricar um glóbulo vermelho que vive em média 120 dias. Quando o sangue atravessa os pulmões a hemoglobina enche-se de oxigénio (até quatro moléculas de oxigénio para uma de hemoglobina). O sangue oxigenado volta então para o coração que o faz circular novamente.
Todas as células do organismo são nutridas pelos capilares, os vasos mais pequenos do sistema arterial. As paredes dos capilares são muito finas e são constituídas por uma camada única de células: através destas células os glóbulos vermelhos transferem oxigénio e substâncias nutritivas aos tecidos, enquanto absorvem gás carbónico. Através do sistema capilar os glóbulos podem em seguida retornar aos pulmões onde soltam o gás carbónico e enchem-se de oxigénio.
Os glóbulos brancos são produzidos na medula óssea e nos gânglios linfáticos, no baço, no timo e nas amígdalas.
A longevidade dos glóbulos brancos varia conforme a sua natureza e as circunstâncias. Por exemplo, ao desencadear-se uma infecção, milhares destes glóbulos morrem e devem ser substituídos. O pus que se forma numa ferida é constituído de glóbulos brancos que morreram após terem destruído as bactérias.
Os glóbulos brancos, são capazes de distinguir o hóspede dos corpos estranhos, repelindo estes últimos. Este mecanismo de rejeição natural é o principal obstáculo ao êxito dos transplantes de órgãos.
A vida das plaquetas tem uma duração limitada que vai de 5 a 8 dias. Produzidas na medula óssea, as plaquetas conseguem reagir, através da coagulação, a muitas substâncias químicas.
O estudo dos componentes do sangue:
O sistema mais simples para estudar a sua composição é tirar uma amostra e examiná-la ao microscópio. É exactamente o que foi feito pela primeira vez em 1658 pelo investigador Jan Swammerdam. Hoje em dia os exames de laboratório são os mais frequentes. O sangue transporta milhares de substâncias diferentes cuja ausência, presença e concentração dão-nos informações importantes a respeito do estado do nosso organismo. Os laboratórios modernos possuem os equipamentos mais avançados que podem identificar dezenas de substâncias diversas numa pequena quantidade de sangue.
Os principais exames do sangue:
Figura 4: Ao cortar um dedo, as plaquetas afluem para a ferida e aglomeram-se até formarem um coágulo (ver amplição na figura acima). Desta maneira o corte pode fechar-se e a hemorragia estanca.
A contagem completa permite estabelecer a quantidade dos principais componentes do sangue. Equipamentos electrónicos complexos medem a concentração de hemoglobina, glóbulos vermelhos e brancos, hematrócitos e plaquetas. É o exame necessário para o diagnóstico da anemia e outras doenças.
A fórmula leucocitária é o número que se refer aos vários géneros de glóbulos brancos, expresso como percentagem do total de leucócitos. Identifica algumas infecções ou doenças das células sanguíneas.
As análises químicas do sangue estabelecem a quantidade das substâncias de cuja presença dependem o equilíbrio químico e as moléstias do metabolismo. Em geral medem-se as taxas de ureia, azoto, albumina, creatinina, ácido úrico, electrólitos, glucose, colesterol e bilirrubina.
A hemocultura é uma técnica que evidencia os micróbios acaso existentes no sangue de maneira a fazer um tratamento antibiótico correcto.
A velocidade de sedimentação é a velocidade com a qual os glóbulos vermelhos se separam do plasma e é muito útil para o diagnóstico de estados inflamatórios.
A gasometria sanguínea é o exame que mede o conteúdo de oxigénio e de gás carbónico e fornece o nível do bom funcionamento dos pulmões.
A determinação do grupo sanguíneo: A superfície dos glóbulos vermelhos está salpicada de proteínas, os antígenos, a partir das quais se determinam os quatro grupos principais do sangue: A, B, AB e O. Para fazer uma transfusão é essencial que o grupo do doador seja o mesmo do receptor.
O factor Rh é outro sistema para identificar o sangue. O sangue, além dos antígenos A e B, pode possuir um antígeno Rh. Os seus portadores são chamados de Rh positivos e, os que não o têm, de Rh negativos. Com o factor Rh os grupos sanguíneos são, portanto, oito: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+, O-.
Todas as mulheres grávidas fazem o teste para identificar o grupo sanguíneo. Se uma mãe Rh negativa estiver à espera de um filho Rh positivo, poderá fabricar anticorpos contra o sangue fetal. Isto não afecta a primeira criança mas pode´ria prejudicar o feto no caso de uma nova gravidez.
As principais doenças do sangue
As doenças do sangue podem ser adquiridas ou hereditárias; podem surgir em todos os processos que participam na formação das células sanguíneas ou nos próprios componentes do sangue.
Moléstias da coagulação: A coagulação do sangue excessiva do sangue pode provocar embolia pulmonar, ictus, paragem cardíaca. Para prevenir a formação de trombos o médico receita um remédio contra a coagulação ou pequenas doses de aspirina.
As anemias devido a carência: Existem vários géneros de anemias mas todos têm em comum a deficiência de hemoglobina. A anemia mais comum é devido a uma falta de ferro, quer por carências alimentares quer devido a hemorragia. A anemia perniciosa deve-se à deficiência de vitamina B12 causada pelo mau funcionamento do intestino que não consegue absorvê-la.
A deficiência de ácido fólico revela-se principalmente nos alcoólatras, nas pessoas de idade ou mal alimentadas.
Figura 5: A medula óssea produz 9 milhões de glóbulos vermelhos por hora. A sua carência é uma das causas da anemia.
Anemias hemolíticas: Devem-se a uma relevante redução do período de vida dos glóbulos vermelhos. Estas anemias, na maioria das vezes, são hereditárias: um defeito genético modifica o metabolismo e a estrutura das hemácias.
Hemofilia: É uma doença hereditária, transmitida da mãe para o filho. Manifesta-se quase sempre nos homens que, devido à falta de tromboquinases, uma das enzimas cogulantes, sofrem de um defeito na coagulação do sangue. Qualquer ferida, mesmo a mais pequena, pode provocar-lhes uma grave hemorragia. Até há poucos anos atrás os hemofílicos estavam condenados a uma vida de sofrimentos. Actualmente a maioria dos casos de hemofilia podem ser controlados de maneira eficaz graças à transfusão de factores de coagulação estraídos do próprio sangue humano.
Leucemia: Existem várias formas de leucemia: estas doenças são caracterizadas pela presença no sangue de um número excessivo de glóbulos brancos. Podem ser agudas ou crónicas. Algumas afectam principalmente as crianças, outras as pessoas adultas.
Até há poucos anos atrás a leucemia aguda levava à morte. A crónica também era fatal, mas os doentes conseguiam sobreviver alguns anos. Hoje em dia, a metade dos doentes com leucemia restabelece-se graças à quimioterapia combinada, às vezes, com um transplante de medula óssea.
Hematocitose: Esta doença caracetriza-se pela presença de um número excessivo de glóbulos vermelhos que aumentam o volume sanguíneo. Além disso, o sangue torna-se mais viscoso com uma grande tendência à coagulação. O tratamento consiste em tirar quantidades de sangue para reduzir o número de glóbulos vermelhos.
Septicemia: É uma infecção grave e generalizada devida à penetração de germes patógenos no sangue. Se não for tratada a septicemia é mortífera.
Anemia de hemácias com aspecto falciforme ou drepanocítica: É uma doença hereditária caracterizada pela presença de glóbulos vermelhos abnormes. A drepa é causada por um gene recessivo e para aparecer numa criança deve ser transmitida por ambos os pais. Esta patologia parece manifestar-se sobretudo na "raça" negra.
Talassemia: Trata-se de outra doença hereditária causada por um defeito na produção de hemoglobina. É comum sobretudo nos povos mediterrâneos.
Alterações dos glóbulos brancos: Uma baixa no número dos glóbulos brancos gera uma maior predisposição às infecções. Esta doença pode ficar isolada (chama-se então neutropenia) ou pode ser acompanhada de alterações dos glóbulos vermelhos.
Principais sintomas das doenças do sangue
--> cor anómala;
--> palidez, rubor pronunciado ou íctero;
--> maior viscosidade do sangue;
--> fadiga;
--> hemorragias excessivas;
--> hematomas;
--> pequenas manchas vermelhas na pele;
--> articulações inchadas e doridas;
--> falta de fôlego;
--> predisposição para as infecções.
Importante:
Muitas doenças graves como hepatite e SIDA podem ser transmitidas com o contacto sanguíneo directo. No caso de uma transfusão é necessário averiguar que o sangue seja imune a estas doenças. Na maioria dos países desenvolvidos este controlo é realizado de maneira sistemática. Um veículo para as doenças que se transmitem através do sangue podem ser as seringas contaminadas. É por esta razão que nos países desenvolvidos usam-se somente seringas descartáveis.
Nos países mais pobres, por falta de recursos, as seringas são reaproveitadas e a esterilização nem sempre é cuidadosa. É necessário, portanto, ter muito cuidado na hora de tomar uma injecção ou de fazer uma transfusão se se está a viajar no exterior. Se tiver alguma dúvida a respeito do sangue ou da seringa a serem utilizados, é melhor recusar o tratamento ou fornecer pessoalmente.

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Contracepção intra-uterina

A definição de contracepção
O termo contracepção abrange os vários métodos usados para prevenir a gravidez, quer impedindo a fecundação do óvulo pelo esperma, quer bloqueando a ovulação ou evitando que um óvulo fecundado se aninhe no útero.
Para tal, foram pesquisados e preparados métodos químicos ou mecânicos. O menos seguro é o denominado coitus interruptus, ou seja, uma interrupção da relação sexual um instante antes da ejucalação.
A maioria dos métodos tem um efeito reversível e temporário.
A esterilização da mulher
A esterilização é feita com uma operação cirúrgica. Trata-se de um acto irreversível que consiste em ligar as trompas do útero. A operação, no entanto, não tem influência sobre a vida sexual.
A contracepção oral
Junto com a esterilização a pílula contraceptiva é o método mais eficaz. Ela contém hormonas que impedem a maturação do óvulo e a ovulação.
A pílula é vendida com receita médica pois modifica o equilíbrio hormonal e pode provocar efeitos secundários.
Em alguns casos pode haver enjoo, cefaleia, alterações do fígado e inchaço devido à retenção de líquidos Raramente foi constatado o aparecimento de tumores benignos do seio ou dos ovários.
As injecções de hormonas, é outro dos processos e, devem ser feitas exclusivamente por um médico pois têm uma acção contraceptiva que dura três meses. Estas injecções devem ser tomadas apenas de três em três meses.
Muito usada no mundo inteiro, sobretudo nos países que fazem uma política de controle demográfico, esta técnica acarreta, porém, alguns efeitos sescundários.
A abstinência periódica é outro dos métodos. É possível calcular, com a ajuda de métodos diversos, o período de fecundidade durante o qual se deve evitar as relações sexuais. É preciso porém que um médico, ou o pessoal do posto de saúde, explique muito bem o que fazer para evitar o risco de cometer erros, uma vez que este processo pode ser falível.
O aparelho intra-uterino
O aparelho, introduzido no útero, impede ao óvulo fecundado de se aninhar na mucosa uterina. Existem dois tipos de aparelho, o modelo T e o modelo 7; ambos são parcialmente forrados com fio de cobre, metal que reduz a fecundidade do esperma e altera a mucosa uterina impedindo o aninhamento. O aparelho é muito eficaz mas pode aumentar a predisposição às infecções e, às vezes, não é bem tolerado pela mulher.
Nota: na imagem podem-se observar quatro diversas tipologias de dispositivo intra-uterino, todas constituídas por uma estrutura central de plástico sobre a qual é enrolado um fio de cobre.
Outros métodos
Os métodos descritos a seguir servem para evitar o encontro do esperma com o óvulo.
Diafragma:
O diafragma é um capuz de látex que fecha o colo do útero impedindo a entrada de espermatozóides. Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual.
A sua acção é mais eficaz se for utilizado junto com pomadas espermicidas.
Espumas e pomadas:
As espumas e as pomadas funcionam apenas se usadas com outros métodos contraceptivos (como por exemplo, o diafragma). O maior incoveniente destas substâncias é o facto de que devem ser introduzidas na vagina antes da relação sexual.
Em todos os caso, os espermicidas não podem de maneira nenhuma ser considerados um método fiável de contracepção.
Preservativo:
O preservativo continua a ser o sistema mais utilizado para a protecção contra a SIDA e outras doenças que podem ser transmitidas sexualmente.
Se usado da maneira correcta, o preservativo é um método contraceptivo muito eficaz, que apresenta um risco de insucesso muito baixo: somente 2%.
As causas principais desta pequena margem de erro devem-se a uma utilização não correcta: falta de lubrificação (responsável pela ruptura espontânea), uso errado do reservatório ou uso tardio. O seu emprego correcto éw fundamental também para prevenir alguns tipos de doenças.
O preservativo é o contraceptivo ideal de breve duração e para aquelas pessoas que têm encontros ocasionais com vários parceiros.
O preservativo que em geral, não reduz o prazer sexual, encontra-se facilmente à venda.
Como escolher o próprio método?
A escolha de um método contraceptivo assenta nos seguintes critérios:
--> a sua eficácia absoluta ou relativa;
--> a frequência das relações sexuais e os hábitos do casal;
--> a tolerância física e psicológica;
--> a existência de contra-indicações (critério que é extremamente importante).
Conforme as expectativas e as contra-indicações, a mulher ou o casal fazem a própria escolha. O médico explica as vantagens e as desvantagens dos vários métodos ajudando assim a tomar a decisão definitiva e a utilizar o método escolhido de maneira correcta. Para informações mais completas a respeito dos vários métodos contraceptivos pode-se consultar um posto de saúde ou um especialista em ginecologia.
A contracepção intra-uterina
A contracepção intra-uterina é o método de prevenção dos nascimentos baseado no uso do DIU (do inglês Intra Uterine Device, isto é dispositivo intra-uterino) denominado comummente "espiral" pela sua forma. Trata-se de um contraceptivo mecânico que é colocado no interior do útero pelo ginecologista.
Os dispositivos intra-uterinos de plástico e cobre actualmente em uso, mais fiáveis do que aqueles inteiramente de plástico utilizados no passado, são dotados de finíssimos fios que saem do cólon do útero e descem até à vagina, de forma que o médico possa extrair o dispositivo quando não é necessário.
Existem dispositivos intra-uterinos com formas diversas e duração variável (de 2 a 5 anos) segundo contenham cobre ou libertem progesterona. Logo depois da colocação do dispositivo a mulher deve submeter-se a controles de 2 em 2 ou de 3 em 3 meses, mas estes podem a seguir serem interrompidos se não se verificarem perturbações.
Funcionamento do dispositivo intra-uterino
O dispositivo intra-uterino impede a fecundação antes de mais nada criando no útero um ambiente inadaptado à implantação do óvulo fecundado. Para além disso, o cobre limita a mobilidade dos espermatozóides reduzindo a sua capacidade de alcançarem o óvulo na trompa de falópio. Por fim, o cobre provoca a contracção dos músculos uterinos, que impedem a implantação do óvulo fecundado.
Vantagens do dispositivo intra-uterino:
É um método contraceptivo prático, contrariamente à pílula anticoncepcional, que ocorre recordar-se de tomar quotidianamente. Para além disso, não provoca nenhum efeito sobre o sistema hormonal e sobre o organismo em geral.
Inconvenientes do dispositivo intra-uterino:
Nos meses imediatamente sucessivos à colocação, o dispositivo intra-uterino provoca por vezes um aumento do fluxo menstrual, que a seguir se estabiliza progressivamente. Se, porém, o fluxo continua a ser abundante é necessário submeter-se a uma terapia pra reduzi-lo. Um outro inconveniente consiste nas pequenas perdas de sangue que se podem verificar entre um ciclo menstrual e o outro. Para além disso, o dispositivo intra-uterino pode acentuar as dores menstruais e aumentar o risco de infecções no útero.
Este, efectivamente, favorece a passagem das bactérias para o útero e para os ovários. O risco aumenta proporcionalmente ao número dos parceiros sexuais, potenciais portadores de infecções.
O dispositivo intra-uterino é um método contraceptivo que tem uma eficácia de cerca de 97%. Em caso de gravidez, no entanto, existe um risco maior de desenvolvimento extra-uterino do feto. Além disso, pode acontecer que o dispositivo intra-uterino se desloque contra a parede do útero e, de lá, em direcção à cavidade abdominal. Nestes casos é indispensável extraí-los com uma intervenção praticada sob anestesia.
Por vezes, pelo contrário, o dispositivo intra-uterino é expulso espontaneamente do útero e da vagina.
Se os fios "sobem" até ao útero, inconveniente infelizmente bastante frequente, não existe motivo de preocupação: o ginecologista saberá recolocá-los facilmente no seu lugar, na vagina, durante a consulta de controlo trimestral.
Nota: A introdução do dispositivo intra-uterino deverá ser efectuada por um ginecologista, no seu consultório privado, num hospital ou num centro de saúde.

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