Delirium Tremens: sintomas e terapia
O que é o delirium tremens?
O delirium tremens é uma perturbação da consciência que se acompanha por diversos sintomas psíquicos e físicos. À origem do delirium tremens encontrase o desenvolvimento inesperado de uma síndroma de abstinência de álcool ou então, mais raramente, de medicamentos com efeito sedativohipnótico.
Causas do delirium tremens
Os factores desencadeantes do delírio não são ainda completamente conhecidos. Supõe-se que se trata fundamentalmente de perturbações do equilíbrio electrolítico, por exemplo uma carência grave de magnésio.
Considera-se também que o centro cerebral que governa a respiração, quase anestesiado pelo uso de substâncias que deprimem o sistema nervoso central, se torne hiperactivo no caso de tentativa de desintoxicação. Se explicariam desta maneira a sobreexcitabilidade do sistema nervoso central e a tendência a ter cãibras. Por fim, também a insónia e o cansaço, que se acompanham normalmente pelo uso de estupefacientes ou de álcool, contribuem para o aparecimento do delírio. A angústia, o stress provocado por um paciente ou uma mudança brusca da própria existência podem ser outro tanto factores desencadeantes.
SINTOMAS:
-->Angústia
-->Confusão mental
-->Alucinações
-->Tremores
-->Cãibras
-->Febre
-->Suores
-->Insónia
-->Agitação
Terapia do delirium tremens
O delirium tremens é um acontecimento relativamente frequente entre os alcoólicos que interrompem bruscamente o consumo de bebidas alcoólicas. Se o paciente está na sua casa, é necessário chamar imediatamente um médico.
O delirium tremens necessita de cuidados médicos urgentes. O médico providencia, em princípio, ao internamento hospitalar do paciente.
As causas da doença não podem ser tratadas no momento no qual se manifesta a crise de delírio. Procede-se à terapia sintomática através da hidratação abundante e subministração, em infusão intravenosa, de polivitamínicos e ansiolíticos, a fim de evitar complicações muitas vezes fatais, como o colapso e actos de violência suicida. Superada a crise, enfrentam-se as causas profundas do alcoolismo ou da toxicodependencia. O paciente, a este ponto, pode recorrer à ajuda do médico ou de grupos de apoio.
IMPORTANTE:
O alcoólico é uma pessoa doente que, no caso de delirium tremens, necessita de socorro médico urgente, como qualquer doente grave.
Como se desenvolve o delirium tremens
Irritabilidade, nervosismo, agitação motora, insónia ou perturbações do sono com pesadelos podem ser sinais de uma crise. Durante a crise o paciente sofre de angústia e de confusão, por vezes não sabe onde se encontra e não reconhece as pessoas mais íntimas. Vítima de alucinações sobretudo visuais, olfactivas e tácteis, o doente pode ter a impressão de ver e ouvir animais como ratos e aranhas ... As alucinações auditivas são mais raras.
Os discursos do doente, que integra as diversas alucinações por ele sentidas, resultam incoerentes e angustiantes. As ideias de persecução e a sensação de ameaça pela própria vida levam-no muitas vezes a cometer actos violentos considerados por ele como simples autodefesa.
Por quanto é possível, por conseguinte, é necessário tranquilizar o doente, mas sobretudo protegê-lo, e proteger as pessoas que rodeiam, desta violência.
É muito importante saber reagir nestas situações de crise para evitar que outras pessoas, como muitas vezes acontece, permaneçam vítimas de actos de violência por vezes homicida.
O doente treme e pode sofrer de crises de tetania. Manifestam-se febre e suores. O batimento no pulso é acelerado, superficial e irregular. A respiração é superficial. As pupilas dilatadas reagem lentamente à luz. A funcionalidade hepática pode ser comprometida assim como as toxinas presentes no organismo são eliminadas só em parte. A crise pode durar de um dia a uma semana.
Uma crise de delírio pode pôr em perigo a vida do paciente. Na ausência de terapia, cerca de 15% dos doentes não sobrevive ao coma que segue ao choque circulatório. As terapias permitem que se diminua a taxa de mortalidade a percentagens muito baixas.
Como evitar o delirium tremens
A causa principal do delirium tremens é o alcoolismo crónico.
Os indivíduos que sofrem deste problema e os seus familiares devem tentar combater o abuso de bebidas alcoólicas a tempo.
Obs: O álcool não é a única causa do delirium tremens. Sem dúvida; o álcool está na origem da maior parte dos casos de delirium tremens. Para além disso também a suspensão brusca de medicamentos sedativos pode constituir um factor causal de tal perturbação.
eu sei que não existe um cuidado inspecifico de enfermagem para o delirio tremns. gostaria de saber se tem uma orientaçao para isso??????
ResponderEliminardelirum tremuns tem cura?
ResponderEliminarMeu pai ta passando por isso !
ResponderEliminarPois teve uma queda do mesmo nível e decorreu um coagulo na cabeça , esta internado , e a abstinência do alcool provou isso nele !
Jesus amado ! As crises são horríveis , e acho os hospital deviam dar apoio pscicologico as familias q passam por essa angustia.
perdi meu irmão amado no dia 16/12/11, por delirium tremems, por falta de cuidado médico e pouco caso da enfermagem, pois o mesmo estava internado e passou por uma crise desta, sendo solicitado um psiquiatra que não apareceu em dois dias, vindo a óbito meu irmão. Bastava um diazepan...o qual a enfermagem não permitiu e nem tão pouco providenciou um médico para a prescrição. Não sabia que a abstinência levava a óbito... que dor... que saudades...
ResponderEliminarAnonimo says...sinto muito pelo seu irmão. Sou enfermeira e gostaria de esclarecer alguns pontos para vc...a enfermagem não pode administrar medicamentos que não foram prescritos pelo médico e tb não é de responsabilidade da enfermagem providenciar, fazer com que o médico atenda o paciente, sim função essa da direção da instituição, os médicos não são subordinados a enfermagem e muito menos a enfermagem é subordinada ao médico. São categorias diferentes, como competências e responsabilidades diferentes. Só para tirar a sua mal inpressão da enfermagem. Abraço
ResponderEliminarMeu pai está passando por isso, realmente é muito angustiante ve-lo nessa situação.Mas até agora ele está sendo medicando com diazepan que o deixa bastante sedado.
ResponderEliminarEu não entendia muito o porquê e agora lendo esse artigo fiquei menos preocupada.Abraços
Anônimo diz:
ResponderEliminarO Álcoolatra passa por tudo isto e muito mais. É um doente muitas vezes discriminado até por alguns médicos. Só quem sabe de todo o sofrimento é o doente e toda sua família. Alcoolismo é uma doença e não tem cura.Deve e tem que ser reconhecida por determinados "leigos" da medicina. É UM SOFRIMENTO que o doente só percebe depois que já está contaminado pelo álcool. Muitas vezes já é tarde. AJUDEM ESTAS PESSOAS PORTADORA DO ALCOOLISMO, E QUE DEUS TE ILUMINE PARA QUE NÃO TENHA NINGUÉM EM SUA FAMÍLIA COM ESTE PROBLEMA. - Abraços a todos...
estou passando por esse problema com o meu sogro que, por causa de uma pneumonia e uma dpoc está a 3 meses no cti e dizem que por causa disso,e por ele estar lúcido, ele está tendo crises de delirium.Só que ele tem 75 anos de idade e problemas cardíacos, e pelo que me disseram estão administrando haldol para ele e eu sei que o haldol ataca o coração.Será que está certo esse tratamento??
ResponderEliminarComo permitem propaganda de cerveja na TV? Cigarro não!
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