Saiba como ajudar as suas crianças a fazer amigos

Como encorajar as crianças a fazer amigos
Para muitos de nós, as amizades que nos são mais queridas e as mais duradouras da vida são forjadas na infância. Lembra-se do miúdo seu vizinho que o ensinou a trepar às ár­vores? E a amiga que a ajudou a es­colher a roupa para o primeiro en­contro? A maioria das crianças des­cobrem um companheiro para as aju­dar a descobrir o que é a vida e para partilhar com elas a alegria e a dor de crescerem.
Dando-nos a sensação de que per­tencemos a algo e que temos alguém, nosso igual, ao nosso lado, os ami­gos são uma ponte entre a família e o mundo exterior. As amizades da infância servem de prática para todas as outras relações íntimas mais tarde na vida.
Algumas crianças têm problemas em fazer amigos, mas, com uma orientação apropriada e ajuda, isso pode modificar-se. Apesar de não poder controlar o curso da vida social do seu filho, há formas de o encorajar e de o ajudar, a ele ou a ela, a fazerem amigos:
1.Envolva-se.
Um erro muito co­mum que os pais cometem é pensarem que os filhos encontrarão os amigos sozinhos. As amizades não podem crescer, a não ser que uma criança possa estar com os amigos com re­gularidade. As circunstâncias podem exigir que os pais se tornem nos me­dianeiros.
2. Fortaleça a autoconfiança do seu filho através de coisas realizáveis.
Uma vez a minha mãe disse-me: «Se não souberes nadar, ninguém te convidará para ires à piscina. Se não sou­beres dançar, não te convidarão para o baile.» A mãe tinha razão: depois de ter aprendido a nadar e a dançar a valsa, consegui ambos os convi­tes para a piscina e para o baile. Quando as crianças são boas em qualquer coisa, isso fortalece-lhes a confiança em si próprias e mostra­-lhes uma forma de conhecerem ou­tras.
A amizade baseia-se em in­teresses comuns. Se o seu filho não tiver muitos amigos, arranje-lhe um interesse no qual uma amizade possa criar alicerces. Os pais podem ajudar uma crian­ça a descobrir uma actividade se a expuserem a várias oportunidades. Uma inclinação para o futebol ou para o teatro poderão nunca vir a ser descobertas, a menos que a crian­ça tenha a oportunidade de as expe­rimentar.
3. Dê-lhes campo para tomar deci­sões.
As crianças precisam de alguma orientação, mas, simultaneamente, também têm que tomar algumas das suas decisões. Por exemplo, os pais preocupam-se muito com a maneira de vestir e com os penteados dos fi­lhos, mas é melhor deixar as crianças faze­rem as suas experiências, dentro de certos limites.
Uma das maneiras de os adolescentes ganharem segu­rança é fazerem parte de um grupo, e uma das maneiras de os grupos se formarem baseia-se na sua aparên­cia. Outra área em que o seu filho pre­cisa de alguma autonomia para to­mar as suas decisões é ao escolher os amigos. Os pais querem que os fi­lhos façam amigos, mas não as ami­zades erradas. Mas, a não ser que haja algum perigo em questão o melhor é deixar as crianças descobrirem por elas mes­ mas quais são as amizades que re­sultam e as que não resultam.
4. Respeite as diferenças.
É impor­tante reconhecer que as necessida­des de sociabilidade são diferentes de criança para criança. Por exem­plo, nem todas as crianças precisam de ter muitos amigos. Quantidade não é qualidade. Pa­ra algumas crianças, um ou dois ami­gos pode ser o suficiente.
5. Sirva de exemplo.
Os pais que se lembram dos aniversários e pla­neiam encontros com amigos estão a dizer aos filhos que as amizades são importantes. Uma criança adopta a forma como os pais agem com os seus próprios amigos. Em muitas famílias, as lições de como saber ouvir os outros e preo­cupar-se com eles são passadas de geração em geração. Há poucas dádivas maiores que a amizade. E, com amor, paciência e um pouco de orientação, podemos ajudar os nossos filhos a alcançar es­te tesouro.

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