Língua Portuguesa: expressões
21. Pôr a cabeça sobre alguma coisa --> mostrar-se convencido.
22. Matar dois coelhos de uma cajadada --> resolver duas questões ao mesmo tempo.
23. Não chegar aos calcanhares de alguém --> não se lhe poder comparar.
24. Dar um bigode --> pregar uma partida; exceder em merecimento.
25. Nicles de bitocles --> coisa nenhuma.
26. Andar nas bocas do mundo --> ser alvo da maledicência pública.
27. Botar a carga ao mar --> vomitar.
28. Não se pescam trutas a bragas enxutas --> nada se consegue sem esforço.
29. Esperar por sapatos de defunto --> esperar por uma coisa impossível ou duvidosa.
30. Ver flamengos à meia-noite --> ver-se embaraçado.
31. Nem fum nem fole de ferreiro --> nem uma palavra.
32. Desopilar o fígado --> rir-se à vontade.
33. Ter o diabo no corpo --> ser insuportável.
34. Dinheiro de sardinhas --> pequena quantia.
35. Meter-se nas encóspias --> não dar satisfações; esquivar-se.
36. Ter um lindo enterro --> não ter êxito.
37. Não tomar chá em pequeno --> não ser bem-educado.
38. À chucha calada --> sem ninguém perceber.
39. Chorar lágrimas de sangue --> sentir grande dor ou arrependimento.
40. Descobrir os podres a alguém --> divulgar-lhe os defeitos.
41. Ver-se em calças pardas --> estar muito atrapalhado.
42. Camisa de-onze-varas --> grande dificuldade.
43. Andar de candeias às avessas com alguém --> estar zangado; andar de mal.
44. Olhos de carneiro mal morto --> olhos mortiços ou amorosos.
45. Não ler pela mesma cartilha --> não ser da mesma opinião.
46. A cavalo dado não se olha ao dente --> a coisa dada não se põe defeito.
47. Chorar pelas cebolas do Egipto --> chorar por um antigo bem que não torna mais.
48. Gastar cera com ruins defuntos --> fazer sacrifícios inúteis.
49. Perder a tramontana --> perder o rumo; o tino.
50. Verter águas --> urinar.
51. Andar no ganso --> cambalear de bêbedo.
52. Vai plantar batatas --> deixa-me em paz; vai bugiar.
53. Bife de cabeça chata --> sardinha.
54. Dez-réis de mel coado --> pequena quantia; bagatela.
55. Dourar a pílula a alguém --> encobrir defeitos, disfarçar.
56. Ensinar o Pai-Nosso ao vigário --> ensinar a uma pessoa o que ela sabe muito bem.
57. Engolir em seco --> calar o que estava prestes a dizer-se.
58. Quando as galinhas tiverem dentes --> nunca.
59. Caveira da burro --> má sorte.
60. Meter uma lança em África --> conseguir realizar um empreendimento que se afigurava difícil.
Vai muito de regiçao para região e de país para país ....
ResponderEliminarDas sessenta expressões citadas, identifiquei 14 que também são usadas no Brasi; algumas com variações mínimas. Também há uma em que o significado da palavra em Portugal é totalmente diferente no Brasil. Trata-se da expressão nº11. A de número 30, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, não é algo que os não-flamengos gostariam. :)
ResponderEliminar2. Pau de virar tripas
11. Ver se pegam as bichas - Deixemos isso para o Ronaldo e outros que gostam de meninas de tromba.
17. Riar às bandeiras despregadas
18. Pôr as barbas de molho
22. Matar dois coelhos com uma só cajadada.
30. Ver flamengos à meia-noite - No case de botafoguenses, tricolores e vascaínos é melhor não vê-los em qualquer que seja o horário.
32. Desopilar o fígado
33. Ter o Diabo no corpo
39. Chorar lágrimas de sangue
40 Descobrir os podres de alguém.
41. Camisa de onze varas
46. A cavalo dado não se olha ao dente
55. Dourar a pílula
56. Ensinar o Pai-Nosso ao vigário - Ensinar o padre a rezar.
59. Caveira de burro
li um livro de escritor portugues e encontrei a expressão : "sem tir-te nem guar-te" e gostaria de saber o significado. Meu e-mail :
ResponderEliminargdcam158@hotnail.com
muito obrigado
Resposta ao comentário/dúvida anterior: esta locução adverbial significa sem aviso prévio.
ResponderEliminarEis a origem:
a) Tir-te é a segunda pessoa do singular do imperativo do verbo tirar + te, pronome pessoal. Tir-te é o mesmo que tira-te. Suprimiu-se o a por apócope.
b) Guar-te é a segunda pessoa do singular do imperativo do verbo guardar + te, pronome pessoal. Tal como na alínea a), guar-te é o mesmo que guarda-te, a que se suprimiu, por apócope, a sílaba da.
Tanto em tir-te como em guar-te, temos o verbo empregado reflexamente: tirar-se e guardar-se, significando este último acautelar-se, abster-se.