Como acabar com os nervos

Nervos que nos apoquentam
A ansiedade social é, por si só, o problema psicológico mais comum. Numa festa com desconhecidos, por exemplo, três quartos dos adultos sentem an­siedade. Como podemos evitar sentirmo­-nos nervosos quando estamos com outras pessoas? Preparando-nos. É fundamental prepararmo-nos para qualquer situação em que tenhamos de comunicar. Imagine que o convi­davam para um grande jantar de gala dentro de 15 dias. Sabe que entre os convidados estará um político. Leia jornais e revistas; oiça os noticiários em busca de temas de conversa de âmbito político. Depois, no decorrer do jantar, faça de conta que está a entrevistá-lo. Pense em perguntas cujas respostas não possam ser mera­ mente sim ou não. «Em sua opinião, quem ... » «O que pensa de ... » Man­tenha o ritmo da conversa.
Quer se trate de fazer um discurso, de pedir aumento ao patrão ou de participar de um importante aconte­cimento social, prepare-se com antecedência. Os discursos mais elegan­tes, fluentes e espontâneos são resul­tado de muitas horas de trabalho. Os ditos memoráveis e as frases bombás­ticas que ficam na História não pro­vêm de inspirações de último mi­nuto.
Se está prestes a fazer qualquer tipo de exposição, comece a prepa­rar-se com a maior antecedência pos­sível. Uma boa escrita, é uma espécie de luta com o pensamento. Comece cedo o combate. Dois dias antes da exposição normalmente não chegam para entrar no ringue e sair de lá com uma ideia vitoriosa.
Para comunicar ponha as ideias em ordem; dê-lhes um objectivo; use-as para persuadir, informar, revelar, seduzir. Prepare-se a si próprio tão bem como ao material, prestando especial atenção à voz. Um tom esganiçado ou fanhoso provoca no seu ouvinte a mesma sensação do giz a arranhar o quadro. Imprimindo energia e resso­nância à sua voz, conseguirá um efeito positivo. Se a sua voz denun­ciar timidez ou se tremer com o ner­vosismo, você vai ser o primeiro a senti-lo; claro que também a audiên­cia se apercebe e, lá da sua tribuna, você detectará o embaraço no olhar daquela gente. Se a sua voz for enér­gica e calorosa, os ouvintes dirão: «Ahhhh, continue.» E, lá do seu lu­gar, você será a primeira testemunha da aprovação do público.
Tal como a voz, a maneira como se apresenta é também um instru­mento de comunicação. Por exem­plo, se estiver animado, terá mais probabilidades de ver uma audiência animada. Você transmite-lhe a men­sagem: estou contente de aqui estar; estou contente que aqui estejam. A maneira como se apresenta pode, com efeito, constituir uma po­derosa arma para desviar a hostili­dade - de uma audiência, de um entrevistador, de um patrão. Uma aparência benevolente diz compreendo e transmite boa vontade e expectativas positivas. E resulta sem­pre!
No entanto, nunca parta do prin­cípio de que uma audiência, um en­trevistador ou o seu patrão irão mostrar-se receptivos. Esteja sempre preparado para um interrogatório. Pense de antemão nas 10 perguntas mais difíceis que lhe poderão fazer e prepare as respostas. E lembre-se: quando lhe fizerem uma pergunta hostil, nunca mostre agressividade para com quem o está a interrogar. Se o fizer, sairá derrotado.
Enquanto o interlocutor hostil es­tiver a falar, prepare a sua réplica. Adopte imediatamente uma linha de acção positiva e seja breve nas res­postas. No instante em que o entre­vistador terminar a pergunta, co­mece a responder: primeiro ponto, segundo ponto, terceiro ponto ... e por fim a conclusão.
A sua maneira de ouvir fala igual­ mente por si. Mostre interesse, diri­gindo o olhar para a pessoa que está a falar. Se esta estiver sentada ao seu lado, vire-se ligeiramente na cadeira de modo a ficar voltado para ela. Faça uma expressão de aprovação. Esta significa «Concordo consigo» ou «Interessa-me muito o que está a di­zer».
A partir do momento em que se preparou para uma situação, já está a meio caminho de superar o nervo­sismo. A outra metade consiste em controlá-lo física e mentalmente: adoptar uma atitude que lhe incul­que confiança e o controle de si pró­prio e da audiência. Para evitar o nervosismo, também pode ajustar a sua atitude. Aquilo que você diz para si mesmo é trans­mitido à audiência. Se disser para consigo que está com medo, será essa a mensagem que os seus ouvintes re­ceberão. Por isso, pense na atitude que deseja comunicar. O ajusta­mento da atitude é a sua couraça contra o nervosismo. Se acalentar apenas pensamentos positivos, irra­diará estas vibrações: alegria e à­ vontade, entusiasmo, sinceridade, solicitude e autoridade.
Você tem dentro de si a capaci­dade de se tornar um comunicador convincente, persuasivo e confiante. Com estas técnicas, ficará apto a pe­dir aumento, a vender um determi­nado produto, a enfrentar e resolver uma crise familiar, a sentir-se à von­tade em situações sociais e profissio­nais. Aprenda a dominar estes sim­ples princípios aqui expostos e vai ver que nunca mais lhe darão os nervos.

6 comentários:

  1. Eu sofro com ansiedade há muitos anos e só melhorei depois de perder o orgulho e procurar ajuda de psicólogos e posteriormente de remédios para controlá-la.
    A ansiedade é um mal que só mesmo quem a tem é que consegue entender o quanto é nocivo.
    Abraços e parabéns pelo post!

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  2. não sei dizer quantas vezes eu tive vontade de não estar naquele lugar de não ser eu mesma de ser outra pessoa, a anciedade e tão ruim para quem tem anciedade quanto o semtimento de ouvir alguem dizendo calma não precisa ficar asim você esta muito anciosa, ate parece que gostamos de sentir-mos como se estiver-se emgolindo carvão em brasa, e suco de limão sem açucar tudo de uma vez e enjejum.

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  3. Bravo! Otimo post .
    Muito útil .
    Eninha

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  4. O negócio é sempre estar preparado.

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