Superstições sobre o amor

A sorte e o azar no amor
Quantas vezes, durante o namoro, não desfolhámos já uma margarida ou um malmequer para sabermos se a pessoa amada gosta realmente de nós?
"Bem-me-quer, mal-me-quer" é assim que fazemos até arrancarmos a última pétala e, se no final der "bem-me-quer" até suspiramos de alívio.
Mas será este gesto típico dos mais jovens?
Se pensa assim está completamente enganado pois o desfolhar de uma margarida ou de um malmequer é uma das supertições mais populares sobre o amor.
Mas existem muitas outras. Por exemplo: se dois homens e duas mulheres cruzarem as mãos ao se cumprimentarem, sairá casamento de um dos pares. Ou esta outra: se uma moça encontrar uma vagem com nove grãos, ao descascar ervilhas, é só prendê-la sobre a sua porta e o primeiro homem que entrar será o seu futuro marido.
Também o momento de vestir a noiva para o casamento está repleto de tradições supersticiosas: colocar a grinalda de flores na cabeça é sinal de casamento próximo. Prender o vestido da noiva com um alfinete, também.
Se o noivo vir a noiva vestida, com o fato de cerimónia, antes do casamento, dizem que dá azar.
Se chover na hora do casório ou depois da cerimónia, é bom sinal: os noivos serão felizes.
À saída da Igreja é hábito em muitas regiões atirar-se arroz nos noivos. Sobre esta tradição conta-se que os povos primitivos costumavam dar um valor mágico a inúmeras coisas. Na China, 2000 anos antes de Cristo, o arroz era o símbolo da fartura. Certo dia, um poderoso mandarim quis, por vaidade, mostrar o quanto era rico: no dia do casamento da sua filha, fez cair uma "chuva" de arroz nas suas extensas terras. Sem saber, ele iniciava uma tradição que perdura até hoje: a de se atirar punhados de arroz sobre os noivos, após a cerimónia nupcial. Este gesto é uma forma bonita de se desejar fartura e boa sorte aos recém-casados.
Depois do casamento, é tradição a noiva atirar o seu bouquets de flores para o meio das convidadas. A moça que o apanhar será a próxima a se casar. Em alguns países a tradição manda que o noivo entre com a noiva nos braços, na casa em que irão morar. Isso trará felicidade.
No interior do Brasil é hábito fazer-se uma festança depois do casamento. Dizem que quem não dá festa vai ser pão-duro como a personagem da Walt Disney: o "Tio Patinhas".
No Brasil, o mês consagrado às noivas é o Maio, mas há lugares em que os noivos fogem desse mês. Essa superstição vem dos antigos romanos. Para eles, o mês ideal era Junho, uma vez que esse era o mês consagrado à deusa Juno - a rainha das deusas -, protectora do casamento e das mulheres. Esta divindade, Juno - (Hera) em grego - tinha por missão distribuir os impérios e as riquezas entre os homens e os casamentos estavam também sob a sua influência.
Depois que os deuses mitológicos foram aposentados e se recolheram ao Olimpo para um merecido descanso, os santos da Igreja foram invocados pelos namorados. Santo António, São João, São Gonçalo, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Lurdes, são santos casamenteiros, santos que ajudam os fiéis a resolverem os seus problemas matrimoniais!.
Em Portugal, por altura das festas populares da cidade de Lisboa, altura em que se comemora o Santo António, ocorrem os tradicionais casamentos abençoados pelo santo padroeiro da cidade.
Existe também uma antiga e bela tradição referente aos aniversários de casamento. Dizem que dá sorte aos casais se lhes oferecer-mos presentes feitos do material relacionado com o símbolo do aniversariante. E os principais símbolos dos aniversários de casamento são os seguintes:
1º ano - algodão ou papel;
2º ano - papel ou palha;
3º ano - couro ou açucar-cande;
5º ano - madeira, lã, flores;
10º ano - estanho;
12º an - seda ou linho;
15º ano - cristal;
20º ano - porcelana;
25º ano- prata;
30º ano - pérola;
35º ano - coral;
40º ano - esmeralda;
45º ano - rubi;
50º ano - ouro;
60º ou 75º anos - diamante.
Porém, as ideias de sorte e de azar obcecam o ser humano desde os tempos primitivos. Podemos verificar a presença dessa preocupação em vários provérbios de origem remota e até hoje utilizados, dos quais se destaca o seguinte: "Casamento e mortalha no céu se talha". Este velho provérbio quer demonstrar, justamente, que a questão de sorte ou azar não existe, pois é no céu, isto é, por Deus, que as coisas da Terra são decididas.
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