Profecias, presságios e superstições célebres


O célebre escritor escocês Walter Scott, autor de Ivanhoé, tinha uma curiosa superstição enquanto estudante. Sempre que precisava de recitar uma lição, apertava um botão de madeira do seu casaco. Pois, é que naquele tempo (século XVIII) acreditava-se que tocar na madeira dava sorte. Um dia, os seus colegas resolveram pregar-lhe uma partida: cortaram o botão do casaco sem que ele se apercebesse. Na hora de dizer a lição, segundo o próprio Scott, ele "fracassou vergonhosamente"...
Às vezes, a superstição acompanha até o pensamento de alguns sábios e cientistas. Por exemplo: consta que Freud, o criador da psicanálise, acreditava em numerologia. Também na Inglaterra, todas as unidades militares acreditam que ter uma mascote lhes poderá trazer boa sorte contra maus presságios. Assim, todas têm a sua mascote. Trata-se de algo que é levado muito a sério pelos ingleses, de tal forma que a posse desses animais mascotes é considerada pelo Ministério da Defesa Britânico como um direito dos seus regimentos. Por isso, até um burro, um cão, um gato ou outro bicho qualquer pode ter a sua folha de serviços e aparecer na ordem do dia dos quartéis ingleses. Consta que as cabras são os mais antigos animais que já "sentaram praça". Os regimentos franceses usavam cabras brancas como mascotes, costume esse ainda conservado nos regimentos ingleses, onde a cabra mascote é tradicionalmente chamada de Billie.

Algumas das mais célebres curas de superstições
Há quem acredite tanto em superstições, que crê igualmente em curas para as mesmas. Na Idade Média, especialmente, a saúde era muito ligada a superstição, e a medicina tinha muito de feitiçaria. Muitas dessa práticas ficaram até a actualidade. Em certas regiões acredita-se que o orvalho da noite de São João tem um poder miraculoso. Na Sicília, é considerado um óptimo bálsamo para feridas. Em Veneza muitos curam queimaduras duma forma algo engraçada. Amarram-se ao tronco de uma árvore, dizendo três vezes sem tomar fôlego: "Aí te ponho e aí te deixo". Noutras regiões cura-se a dor de cabeça de um jeito ainda mais cómico: esfrega-se um fio na cabeça do paciente. Depois, ele é atado a uma árvore (o fio não o paciente...). Aí, o primeiro pássaro que pousar na árvore levará a dor de cabeça embora... Os antigos egípcios usavam um sistema curiosa. Os enfermos passavam uma noite no templo do deus Serapis que, durante o sono, "receitava" o remédio salvador. No Brasil também existem vários remédios populares de origem portuguesa, como a água-panada, por exemplo. É uma infusão feita com pão bem seco e água para curar males intestinais. Outro, para curar azia: dizer três vezes "Azia, Ave Maria". E a oração: "Santa Iria/temtrês filhas;/uma fia, outra cose/ e outra cura/ o mal da azia". Para tirar um cisco do olho, há dois recursos. Um é esfregar a pálpebra e dizer três vezes: "Vai-te, argueiro (cisco), pro olho do companheiro". Outro modo mais simpático e científico: coloca-se uma semente de alfavaca na pálpebra, que então é esfregada. A semente de alfavaca liga-se ao cisco, que é retirado facilmente.
Veja também: (Clique aqui) Crenças populares para atrair a boa sorte As mais belas lendas do Brasil
Superstições. amuletos e talismãs
Está muito fixe. Gostei. As imagens estão bem conseguidas. Parabéns Km.
ResponderEliminarA supertição pode até funcionar, pois o pensamento é muito forte e se a pessoa acredita com força vai parecer que foi coisa do além.
ResponderEliminar